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Sim, você tem o direito de ser feliz.




Nos tempos antigos, era para sempre o amor. Pelo menos, era o que dava a entender. Os casais jovens nem se conhecia, mas iam para a igreja casar, tornando de caráter oficial,  uma relação que continuaria a viver na saúde e doença, na riqueza e na pobreza, nos momentos felizes e nos momentos tristes.

Os relacionamentos eram mais reais naquele tempo? Será que o casamento se tornou realmente uma falha, como dizem os críticos?

Eu tenho certeza que não. Vale ressaltar que alguns casamentos duravam apenas por obrigação, necessidade e interesse. Mas não é disso que eu quero falar nesse texto.

Antigamente o matrimônio também durava ‘até que a morte os separasse’ porque naquela época a sociedade era contra um casal afastado um do outro. As leis eram distintas para a de hoje e a mentalidade das pessoas eram muito diferente. E sem fala nos milhões de casais hoje em dia que estão casados e continuarão assim, felizes para sempre. Só que mais uma vez não é sobre isso que eu quero falar nesse texto.

Um amigo que pensava em se separar desabafou comigo, ele disse: ‘Eu tenho o direito de ser feliz’. Isso ficou na minha cabeça e eu sem conseguir entender o porque disso. Ele tinha razão, todo mundo tem o direito de ser feliz, mas algo na colocação dele me incomodou.

Depois eu conseguir entender. Nos dias de hoje, a procura da felicidade é usada como pretexto para satisfazer o egoísmo.

‘Querer ser feliz’ hoje em dia, tende a explicar qualquer atitude unilateral, como se a tão sonhada felicidade fosse um espaço para onde vamos quando tudo dá errado. Todas as pessoas tem o direito de serem felizes, mas parece que essa busca é utilizada como camuflagem para quem não quer afrontar os seus reais problemas e escolhe fugir. Em vez de dialogar e tentar chegar a um acordo, É mais fácil abandonar tudo e fugir para tentar ‘ser feliz’ em outro canto.

Largamos tudo para sarar o descontentamento. Mas será que essa caçada desesperadora por essa nova vida, ‘sendo feliz’, não quer dizer que o problema está lá dentro de você; Por que essa sua infelicidade é sempre culpa do outro?

Ninguém vai admitir que é egoísta. É bem mais fácil argumentar que ‘tem o direito de ser feliz’, porque ninguém pode falar nada contra isso. Mas não se esqueça de adicionar a frase: “a vida é minha, faço o que quiser’, se caso alguma pessoa se atrever a vir com palpites.

Sim, ser feliz com certeza é um direito. Se a sua vida não está boa, você apenas não tem o direito, mas o dever de consertá-la. Mas entenda uma coisa, a felicidade não está, nem nunca estará em nenhum lugar específico, felicidade é apenas uma palavra, uma idéia. A verdadeira felicidade não vai estar no destino final da sua busca, ela vai estar espalhada por todo o percurso que você vai percorrer. E isso não é só para casamentos infelizes. É para tudo. E é sobre isso que eu quero tratar nesse texto.

 

 

 

 

Decico esse texto a: Bruna Andrade, Bruna Araujo, Emanuelly Antunes e Karol Myller.